Mário Prata



Leitura de um excerto do capítulo VIII de Finnegans Wake, na tradução de Donaldo Schüler

Mario Prata: escritor, dramaturgo, cronista e jornalista. 


A tinker's
bann and a barrow to boil his billy for Gipsy Lee; a cartridge of
cockaleekie soup for Chummy the Guardsman; for sulky Pen-
der's acid nephew deltoid drops, curiously strong; a cough and
a rattle and wildrose cheeks for poor Piccolina Petite MacFarlane;
a jigsaw puzzle of needles and pins and blankets and shins between
them for Isabel, Jezebel and Llewelyn Mmarriage; a brazen nose
and pigiron mittens for Johnny Walker Beg; a papar flag of the
saints and stripes for Kevineen O'Dea; a puffpuff for Pudge Craig
and a nightmarching hare for Techertim Tombigby; waterleg
and gumboots each for Bully Hayes and Hurricane Hartigan;
a prodigal heart and fatted calves for Buck Jones, the pride of
Clonliffe; a loaf of bread and a father's early aim for Val from
Skibereen; a jauntingcar for Larry Doolin, the Ballyclee jackeen;
a seasick trip on a government ship for Teague O'Flanagan; a
louse and trap for Jerry Coyle; slushmincepies for Andy Mac-
kenzie; a hairclip and clackdish for Penceless Peter; that twelve
sounds look for G. V. Brooke; a drowned doll, to face down-
wards for modest Sister Anne Mortimer; altar falls for Blanchisse's
bed; Wildairs' breechettes for Magpeg Woppington; to Sue Dot
a big eye; to Sam Dash a false step; snakes in clover, picked and
scotched, and a vaticanned viper catcher's visa for Patsy Presbys;
a reiz every morning for Standfast Dick and a drop every minute
for Stumblestone Davy; scruboak beads for beatified Biddy; two
appletweed stools for Eva Mobbely; for Saara Philpot a jordan
vale tearorne; a pretty box of Pettyfib's Powder for Eileen Aruna
to whiten her teeth and outflash Helen Arhone; a whippingtop
for Eddy Lawless; for Kitty Coleraine of Butterman's Lane a
penny wise for her foolish pitcher; a putty shovel for Terry the
Puckaun; an apotamus mask for Promoter Dunne; a niester egg
with a twicedated shell and a dynamight right for Pavl the Curate…[FW 210]

“E atina na tina. Praga de remendão, chaleira pra ferver uma chávena de chá pro Cigano Lee; sopa de frango pro Guarda do Tango; pro debiloide sobrinho de Pandora, gotas de ácido deltoide, curiosamente forte; uma rosa, uma tosse e um banho de creolina pra senhorita Macfarlene Piccolina; um tico-tico, uma charada de agulhas e de grampos, um cobertor e um par de canelas pra Isabela, pra Jezabela e pra Noivinha da Cancela; nariz de bronze luvas de guza e arnês pro Johnny do Uísque Escocês; flâmula papal e santos de cara cheia pra Quem T. O. Deia; maria-fumaça pra Zé Trapaça e um bom pesadelo pro Velho do Rastelo; uma perna de pau  e um par de botas pro Lobo-Mau e o Pirata Cambota, um coração magnânimo e um bezerro cevado pro Sr. Delegado, o esplendor de um Diretor; um naco de pão e um pai episódico pro Filho Pródigo; um carro  de corrida pra Frida, poeta chinfrim pra Dublin; enjoo do mar em navio da marinha pro tio da vizinha; pulga e trapaça pro Gari da Praça; picadinho de neve pro rio Mackenzie; um lábio leporino e um saquinho de moedas pra João-Sem-Nada; este aceno sem valor pro grande ator; mulher afogada de cara pro fundo pra irmã de Plínio o Velho; lençóis de água pra cama de lavadeira; calções de brochete pra atriz da manchete; pra Boca Pequena, olho grande; pro Zé da Penitência, um mau passo, serpentes ao léu, picadas e gratinadas, visto de caçador de víboras passado pelo vaticano ao Presbítero Papista, um estimulante pela manhã ao Doutor das Dicas e uma gota a cada minuto pro Doutor Biruta, batidas de chaparreiro pra Brígida beata; duas estolas de tweed pra Donna È Mobile, pra Saara Penicão um vaso notOrne, um soberbo tubo de dentifrício pra Eliana Patrício com ordens de branquear os dentes e suplantar Helena Suplício; um par de chicotes pra Eddy Sem-lei; pra Kitty Colerina da Travessa do Mantegueiro um centavo de saber prum lance certeiro, janelas cerradas pro Travesso Duende, uma máscara de hipopótamo pro Promovedor pro Promovedor Dunnada; ovo de páscoa de casca bidatada com direito de se dinamitar pra Pedro o Cura; [...].”
 

Finnicius Revém, tradução de Donaldo Schüler.